9 de fev. de 2014

A LIÇÃO DA FORMIGA

Escrevo este texto num dia tórrido de calor aqui no Sul, onde sentado sob uma árvore e escaldado por uma temperatura de 40º, observo uma pequena formiga que carrega com imponência e destreza uma folha nada menos que 5 vezes maior que ela.
Reflito então como pode ela conseguir isso?! A resposta: uma lição de vida pela sobrevivência!


MONTANHA - CHICOTE - CAVALEIRO - CRUZ

Assim como a formiga, diariamente nos deparamos com imensos obstáculos, MONTANHAS insuperáveis pela sua dimensão. Chegamos aos pés dela e a primeira impressão é de que não conseguiremos chegar lá no topo para avistar o que tem do outro lado, que dirá ultrapassar esse obstáculo todo.

A montanha pode ser grande, alta, pesada, de pedra, de mata, com subidas íngremes, escuras e sem trilhas, sem caminhos. A primeira vista nunca conseguiremos chegar ao outro lado. Podemos agora sentar aos pés da montanha e esperar o tempo passar e infelizmente não saber o que tem do outro lado.

Para sobreviver, assim como a formiga, cabe arriscar. Se não arriscar, se não colocar os pés na montanha e desbravá-la nunca saberemos o que nos espera do outro lado. Então, mãos a obra!!! Não é só no caso da fome que devemos arriscar nossos passos. Não devemos ficar sob o CHICOTE e sob o peso da montanha!
Neste momento a intenção é fundamental, e colocar força nisso é primordial e necessário! Firmar o pé, olhar o topo da montanha, traçar sua meta e começar sua caminhada.
No meio do caminho surgem os obstáculos. A vontade de desistir é grande, afinal, o homem é tão frágil aos desafios pois ele fica numa posição de conforto, medo de pular o obstáculo, estagnado do lado de cá e prefere voltar pelo caminho de ida e desistir da subida.

Onde deixou seu chicote então? Cadê a bravura do CAVALEIRO que tem o chicote em sua mão assim como as rédeas da situação? É ele quem comanda o cavalo para superar os obstáculos!!! E quem disse que não precisamos de um cavalo para aliviar a nossa subida até o topo? Egocentrismo, individualismo e cobiça levam a desistência muito mais fácil. Por que não escolher um bom cavalo para nos levar nessa batalha?

Por que não tomar as rédeas da situação e arriscar? Pule o obstáculo e verá que ficou mais um para trás. A subida não é fácil mesmo, pois até o nosso cavalo cansa, então, paciência é necessário além da força de vontade intenção e paciência. Com o esforço árduo começamos a avistar uma pedra, pequena ainda, mas ela indica que o topo está mais próximo. Quanto tempo dura esta caminhada? Não há tempo estipulado. Depende de nossa vontade, de nossa força, de nosso cavalo, da quantia de alimentos que temos, de nossas reservas e das estratégias que adotamos na subida.

Enfim, a pedra fica cada vez maior e vistosa, como se fosse um presente por termos conseguido alcançá-la, tocá-la, pisá-la, sentar ao seu lado, largar as rédeas do cavalo e descansar. 

Sentir a brisa no nosso rosto trazendo a recompensa, a vitória, o sucesso de alcançar o nosso objetivo. Não foi fácil mesmo, mas todos sabemos que tudo que dá mais trabalho é mais gostoso, enche mais nosso coração de sentimentos bons. O nosso ego engrandece, se enche, se renova, se recarrega, pois agora podemos olhar lá de cima da montanha e dizer:

EU CONSEGUI! LUTEI, CHOREI, SOFRI, CANSEI, CAÍ, LEVANTEI, LAVEI O ROSTO, SEGUI E CONSEGUI!!!


A vitória é certa para aqueles que lutam, lutam com dignidade, com virtude e consciência!!!

Vencemos como a formiga, afinal, se ela não enfrentar diariamente inúmeras montanhas ela não sobrevive. 

"O homem, pela sua ignorância, ao ver uma formiga poderá pisá-la. Porém a formiga, ao se deparar com o homem, tem a virtude de ultrapassar mais este obstáculo sem tirar-lhe a vida. Sábia formiga!" (Dênis Maapelli)

Que Santa Sara e o Arcanjo Miguel nos acompanhe sempre em nossa caminhada diária sobre as montanhas.

Beijo no coração!

Dênis Maapelli


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